A Misantropa acabou agora mesmo de almoçar, e o almoço até lhe caiu mal. Não posso almoçar nem jantar a ver os noticiários, é o que é.
Ora àláber se a gente se entende. Aparentemente, a partir de hoje, cada vez que chamamos uma força policial a um local de acidente ou incidente temos de pagar 40 euros, mais 10 euros por cada laudo. Ou seja, estamos a falar da PSP e da GNR. Estamos a falar de pessoas cujos ordenados são pagos a partir dos impostos que retiram do meu ordenado. E querem que eu pague para eles levantarem a peida da secretária se eu bater com o carro, se me assaltarem? Terei eu de pagar 40 euros para Suas Excelências acompanharem uma ambulância do INEM no caso de eu ter a triste ideia de morrer em casa? Será que à hora da novela ou de um Benfica-Sporting é mais caro? São questões pertinentes.
Outra questão pertinente é a do novo preço dos laudos. Cada folha, e sim, cada folheca, passa da módica quantia de 4 cêntimos para a absurda conta de 10 euros. Ou seja, 10 euros por uma folha de papel A4, branca, lisa, gramagem de 80g/m2, dactilografada por agentes da PSP ou por guardas da GNR. Ou seja, por pessoas que, na sua larga maioria, não sabem ler, escrever, falar, comportar-se e controlar cidadãos. Que dão tiros uns aos outros a "guardar a arma no coldre". Que têm acidentes onde eu moro porque vão com os pirilampos ligados, a todo o gás, buscar o jantar à churrasqueira. Porque à hora da novela ou do futebol o telefone toca e ninguém atende. Marinho Pinto, homem que diz verdades sem medo das consequências, declarou, e com razão, que este tipo de taxas irá desencorajar os cidadãos a chamarem a polícias, e incentivará não só ao silêncio e a não participação de crimes, mas também incentivará a justiça pelas próprias mãos, coisa que muito me agrada, porque já estou farta de chamar a polícia porque estão aos tiros na rua e ninguém aparecer.
Ou seja, inúteis eles sempre foram. A diferença é que agora são uns inúteis carotes.
Ora àláber se a gente se entende. Aparentemente, a partir de hoje, cada vez que chamamos uma força policial a um local de acidente ou incidente temos de pagar 40 euros, mais 10 euros por cada laudo. Ou seja, estamos a falar da PSP e da GNR. Estamos a falar de pessoas cujos ordenados são pagos a partir dos impostos que retiram do meu ordenado. E querem que eu pague para eles levantarem a peida da secretária se eu bater com o carro, se me assaltarem? Terei eu de pagar 40 euros para Suas Excelências acompanharem uma ambulância do INEM no caso de eu ter a triste ideia de morrer em casa? Será que à hora da novela ou de um Benfica-Sporting é mais caro? São questões pertinentes.
Outra questão pertinente é a do novo preço dos laudos. Cada folha, e sim, cada folheca, passa da módica quantia de 4 cêntimos para a absurda conta de 10 euros. Ou seja, 10 euros por uma folha de papel A4, branca, lisa, gramagem de 80g/m2, dactilografada por agentes da PSP ou por guardas da GNR. Ou seja, por pessoas que, na sua larga maioria, não sabem ler, escrever, falar, comportar-se e controlar cidadãos. Que dão tiros uns aos outros a "guardar a arma no coldre". Que têm acidentes onde eu moro porque vão com os pirilampos ligados, a todo o gás, buscar o jantar à churrasqueira. Porque à hora da novela ou do futebol o telefone toca e ninguém atende. Marinho Pinto, homem que diz verdades sem medo das consequências, declarou, e com razão, que este tipo de taxas irá desencorajar os cidadãos a chamarem a polícias, e incentivará não só ao silêncio e a não participação de crimes, mas também incentivará a justiça pelas próprias mãos, coisa que muito me agrada, porque já estou farta de chamar a polícia porque estão aos tiros na rua e ninguém aparecer.
Ou seja, inúteis eles sempre foram. A diferença é que agora são uns inúteis carotes.
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