sábado, 12 de março de 2011

Geração à rasca

É bom saber que, pelo menos, ainda existe consciência política neste país. É bom saber que ainda somos capazes de nos mobilizarmos, e de exercermos um dos direitos que a constituição portuguesa no dá: o direito à indignação.

Recebemos por herança um país que veio das mãos de gente que pensou que, depois do 25 de Abril, já estava tudo feito. Antecedeu-nos uma geração inerte, que nem aquece nem arrefece, e que nasceu na ditadura mas não a viveu a ferro e fogo. Bem dizia o meu avô: os portugueses são pessoas de brandos costumes, mas quando lhes chega a mostarda ao nariz, são muito dramáticos.

A minha maior preocupação, no entanto, não sou eu; são os meus sobrinhos, que ainda mal andam e falam. Temo por eles, mas ainda tenho esperança que eles vejam um mundo melhor.

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