Prestes a chegarem as eleições, surge a questão do costume.
"Então, já sabes em quem vais votar?"
Por norma, gosto de fazer cara de parva ( coisa que, garanto, não me é difícil ) e respondo: não estou à espera que ilumines a minha mente e o meu caminho de cidadã responsável e ciente dos meus direitos e deveres. E gosto de dar este tipo de resposta porque a pergunta é uma forma polida de tentar saber em quem vamos votar. C'oa breca, mais vale fazer a pergunta directamente. No entanto, desta vez, respondi de forma mais educadita, coisa que muito agradou à minha progenitora, que sofre com o meu mau génio. Desta vez vou votar de bom grado porque, pela primeira vez nesta minha curta vida de cidadã eleitora, existe um candidato que é uma pessoa séria e honesta, que inspira confiança, que sabe o que o mundo é e já viu o sofrimento humano a um palmo do nariz. É um homem que, mais do que aspirar a ser um grande político, aspira a ser um bom português e um bom ser humano, a marcar pela diferença, e a diferença dele não inclui, certamente, submarinos, TGV's nem outros projectos megalómanos e bajuladores da Europa. Pela primeira vez, temos um homem decente em quem votar, um homem que, mais do que ocupar um cargo com gravatas que dão quase tanto sono como discursos, o ocuparia a tentar realmente tornar Portugal num país mais equilibrado. Porque o nosso país não tem falta de dinheiro; tem, sim, um tremendo desequilíbrio na distribuição do dinheiro, uma grande falta de responsabilidade na forma como é usado, e isso sim, torna este país o fosso de oportunidades, qualidade de vida e sanidade mental que tão bem conhecemos. Logo, se o problema é falta de equilíbrio, posso alvitrar que Portugal sofre, e com gravidade, da Doença de Ménière, e por isso, nada melhor do que um bom médico para tratar este país velhinho, já meio surdo, cansado e cheio de reumático.
Para bom entendedor meia palavra basta, certo? Eu cá vou pôr a cruzinha no Fernando Nobre. Salvo seja. No quadradinho que vai estar ao lado da fotografia dele, lá no boletim de voto. E isto não é propaganda política; cada um deve decidir quem acha que mais lhe convém. E a bem da verdade, acho que é isso que tem contribuído para esta aborrecida doença da qual padece o nosso país. Se o bom do tuga não achasse que votar é aborrecido e é mais produtivo ir à praia, se o bom do tuga votasse em consciência, se calhar muito melro não tinha pousado no poleiro, ou algum cherne não teria dado à costa, passando a expressão. O desequilíbrio é mesmo esse, sabem? Quando Zeca Afonso cantou "o povo é quem mais ordena", ele não estava a dizer que nós é que íamos assinar as leis e decidir tudo. Mas uma coisa é certa: mal ou bem, nós é que decidimos que por lá senta as gentis nádegas. Já lá diz o povo, e o povo é sábio: cada povo tem o governo que merece. Quanto a vocês não sei, mas eu mereço mais. Mais e melhor.
"Então, já sabes em quem vais votar?"
Por norma, gosto de fazer cara de parva ( coisa que, garanto, não me é difícil ) e respondo: não estou à espera que ilumines a minha mente e o meu caminho de cidadã responsável e ciente dos meus direitos e deveres. E gosto de dar este tipo de resposta porque a pergunta é uma forma polida de tentar saber em quem vamos votar. C'oa breca, mais vale fazer a pergunta directamente. No entanto, desta vez, respondi de forma mais educadita, coisa que muito agradou à minha progenitora, que sofre com o meu mau génio. Desta vez vou votar de bom grado porque, pela primeira vez nesta minha curta vida de cidadã eleitora, existe um candidato que é uma pessoa séria e honesta, que inspira confiança, que sabe o que o mundo é e já viu o sofrimento humano a um palmo do nariz. É um homem que, mais do que aspirar a ser um grande político, aspira a ser um bom português e um bom ser humano, a marcar pela diferença, e a diferença dele não inclui, certamente, submarinos, TGV's nem outros projectos megalómanos e bajuladores da Europa. Pela primeira vez, temos um homem decente em quem votar, um homem que, mais do que ocupar um cargo com gravatas que dão quase tanto sono como discursos, o ocuparia a tentar realmente tornar Portugal num país mais equilibrado. Porque o nosso país não tem falta de dinheiro; tem, sim, um tremendo desequilíbrio na distribuição do dinheiro, uma grande falta de responsabilidade na forma como é usado, e isso sim, torna este país o fosso de oportunidades, qualidade de vida e sanidade mental que tão bem conhecemos. Logo, se o problema é falta de equilíbrio, posso alvitrar que Portugal sofre, e com gravidade, da Doença de Ménière, e por isso, nada melhor do que um bom médico para tratar este país velhinho, já meio surdo, cansado e cheio de reumático.
Para bom entendedor meia palavra basta, certo? Eu cá vou pôr a cruzinha no Fernando Nobre. Salvo seja. No quadradinho que vai estar ao lado da fotografia dele, lá no boletim de voto. E isto não é propaganda política; cada um deve decidir quem acha que mais lhe convém. E a bem da verdade, acho que é isso que tem contribuído para esta aborrecida doença da qual padece o nosso país. Se o bom do tuga não achasse que votar é aborrecido e é mais produtivo ir à praia, se o bom do tuga votasse em consciência, se calhar muito melro não tinha pousado no poleiro, ou algum cherne não teria dado à costa, passando a expressão. O desequilíbrio é mesmo esse, sabem? Quando Zeca Afonso cantou "o povo é quem mais ordena", ele não estava a dizer que nós é que íamos assinar as leis e decidir tudo. Mas uma coisa é certa: mal ou bem, nós é que decidimos que por lá senta as gentis nádegas. Já lá diz o povo, e o povo é sábio: cada povo tem o governo que merece. Quanto a vocês não sei, mas eu mereço mais. Mais e melhor.
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