Um dos elementos do grupo das Minhas Pessoas é uma aquisição recente, e é tão amorosa que até dá dó, de tão fofinha e gosmenta que é. A personalidade dela é totalmente inversa da minha: é doce, terna, transparente, pensa sempre o melhor das pessoas e por isso mesmo passa a vida a levar estaladas descomunais, mas ainda assim permanece amorosa, de sorriso fácil e braços abertos. Contrasta incrivelmente com a minha personalidade áspera e cruel, a maneira sarcástica e evasiva de falar, e eu já fui uma das pessoas que a desiludiu e magoou, e talvez até não tenha sido a pior, mas devo ocupar o top ten, seguramente.
Já lhe expliquei por A+B que não sou pessoa de abraços e carinhos, porque não sou carinhosa. Já a elucidei para o facto que tudo o que eu digo é pesado e medido até ao milímetro, como se conversar com alguém fosse um imenso e absorvente jogo de xadrez. Ela encolhe os ombros e dá-me beijinhos, daqueles que até me dão arrepios na espinha e me fazem pensar de imediato em guilhotinas e motosserras.
Pode parecer estranho semelhante parceria, mas na verdade, é uma pessoa com imensa utilidade: todas essas maravilhosas qualidades que ela tem a transbordar, e eu tenho o stock a negativo, equilibram parte do mundo em que me movo, e assim não tenho de me preocupar.
Parece horrível, não é? Gostar das pessoas porque têm utilidade para nós? Pensem lá bem. Todas as pessoas que nós gostamos estão perto de nós porque têm uma qualquer utilidade. Ou porque confiamos nelas, ou porque nos fazem rir, ou porque dão bons conselhos, ou porque equilibram a nossa equação química, como é o caso. Ela ensinou-me, mais do que qualquer pessoa, a capacidade de perdoar. E por isso, é uma Pessoa imensamente útil, e ganhou um passe livre para me dar abraços, beijinhos, calduços e arrochadas na fronha. Por muito que considerem horrível, eu sei que ela vai ler e vai entender. Porque de tão útil tornou-se indispensável.
Já lhe expliquei por A+B que não sou pessoa de abraços e carinhos, porque não sou carinhosa. Já a elucidei para o facto que tudo o que eu digo é pesado e medido até ao milímetro, como se conversar com alguém fosse um imenso e absorvente jogo de xadrez. Ela encolhe os ombros e dá-me beijinhos, daqueles que até me dão arrepios na espinha e me fazem pensar de imediato em guilhotinas e motosserras.
Pode parecer estranho semelhante parceria, mas na verdade, é uma pessoa com imensa utilidade: todas essas maravilhosas qualidades que ela tem a transbordar, e eu tenho o stock a negativo, equilibram parte do mundo em que me movo, e assim não tenho de me preocupar.
Parece horrível, não é? Gostar das pessoas porque têm utilidade para nós? Pensem lá bem. Todas as pessoas que nós gostamos estão perto de nós porque têm uma qualquer utilidade. Ou porque confiamos nelas, ou porque nos fazem rir, ou porque dão bons conselhos, ou porque equilibram a nossa equação química, como é o caso. Ela ensinou-me, mais do que qualquer pessoa, a capacidade de perdoar. E por isso, é uma Pessoa imensamente útil, e ganhou um passe livre para me dar abraços, beijinhos, calduços e arrochadas na fronha. Por muito que considerem horrível, eu sei que ela vai ler e vai entender. Porque de tão útil tornou-se indispensável.
To Blue.
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